Tire suas dúvidas sobre a Análise do Comportamento Aplicada aqui!

Com o objetivo de estudar a relação entre o comportamento, o meio ambiente e a aprendizagem, surgiu a Análise do Comportamento Aplicada, que é um tipo de terapia comumente abordada por psicólogos, tornando-se peça essencial no tratamento de pessoas que estão inseridas no espectro autista.

Por meio da ABA, como também é chamada, é possível acompanhar os pacientes desde a infância até a fase adulta, auxiliando-os na ampliação da capacidade motora, cognitiva, social e de linguagem.

Ficou interessado nesse assunto? Então, continue lendo este artigo, pois vamos explicar detalhadamente o que é a Análise do Comportamento Aplicada, como ela é feita e quais são os resultados esperados. Acompanhe!

Do que se trata a Análise do Comportamento Aplicada?

A ABA é um ramo derivado da ciência da Análise do Comportamento, existindo há mais de 50 anos e contribuindo para a melhoria das interações sociais, apreensão de novas habilidades e manutenção de comportamentos positivos de pacientes, especialmente aqueles que estão no espectro autista.

Ainda que esse tipo de intervenção seja comumente feita em crianças no espectro autista, é possível aplicá-la também em idosos e até mesmo em empresas. Na verdade, essa análise é bem ampla, servindo para diferentes faixas etárias e problemas ou fatores que influenciem no comportamento, como:

  • adesão a algum tratamento médico;
  • obesidade;
  • desempenho de alto rendimento no esporte;
  • gestão de pessoas;
  • programação do ensino especial.

Como é a intervenção e os resultados esperados?

A intervenção da Análise do Comportamento Aplicada envolve a aplicação de práticas de repetições e esforço, trabalhando comportamentos negativos que sejam capazes de trazer danos ao paciente ou interferir na aprendizagem. Desse modo, a ABA pode aperfeiçoar habilidades como falar, ouvir, ler e interagir com o outro.

Durante as sessões, o profissional consegue avaliar se as dinâmicas estão promovendo avanços em relação à mudança de comportamentos, atingindo assim os objetivos inicialmente propostos. Nesse contexto, basicamente, a ABA abrange dois elementos:

  • gerenciamento de comportamentos: quando o paciente apresenta comportamentos positivos, ele é recompensado para que a prática seja estimulada. Com isso, espera-se que a ação se repita posteriormente e, caso haja comportamento negativo, o psicólogo pode repreendê-lo;
  • ensino de habilidades para gerar ações positivas: a ABA ensina habilidades para que as pessoas se tornem bem-sucedidas e os comportamentos negativos se tornem cada vez menos recorrentes.

Mas, para que o trabalho seja feito, inicialmente o profissional deve avaliar de modo minucioso o comportamento do paciente, identificando atitudes que estão em déficit e em excesso. A partir disso, é elaborado um plano de intervenção, no qual procura-se reduzir o que está em excesso e ensinar o que está em escassez.

Como o tratamento é constante, esse plano é reavaliado periodicamente de acordo com o progresso da terapia. É importante lembrar que, quanto mais intensiva, precoce e duradoura for a análise, mais eficazes são os resultados. Aliás, inclusive é recomendado que a ABA tenha início antes mesmo dos quatro anos.

Os estudos mostram que aproximadamente 80% dos casos de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) apresentam significativa evolução com a intervenção da ABA. No entanto, quando o comprometimento é muito grave, o progresso é pequeno e lento.

Em relação às crianças com autismo, os benefícios podem ser bastante abrangentes, permitindo que elas possam, por exemplo, dormir à noite, usar o banheiro, fazer amigos e, enfim, tornarem-se mais independentes de acordo com o grau do espectro autista em que estão inseridas.

Como é feita a formação em ABA?

Geralmente os cursos de graduação em psicologia abordam a ABA, mas ainda não existe a profissão de analista do comportamento, ainda que estejam começando a criar iniciativas na formação de uma graduação de Análise do Comportamento Aplicada.

Ainda que seja comum que psicólogos atuem nessa área, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, pedagogos, dentre outros profissionais, também podem fazer pós-graduação no ramo.

Para atestar a capacidade para trabalhar com essa abordagem, existe uma certificação internacional, organizada pelo BACB (Behavior Analyst Certification Board), que é o Comitê Certificador de Analista do Comportamento. No entanto, o Brasil não exige que o profissional emita essa certificação internacional para atuar na ABA.

No país, a Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental conta com um protocolo de acreditação dos analistas do comportamento, mas, como no caso anterior, ele não é obrigatório para o profissional que quer trabalhar no ramo.

Desse modo, a Análise do Comportamento Aplicada enfrenta a dificuldade de ter mais credibilidade por meio de um órgão ou conselho exclusivo que faça as exigências necessárias para os profissionais e organize as diretrizes de atuação. Uma maneira de contornar esse problema é adquirir autoridade nessa especialidade por conta própria, matriculando-se numa pós-graduação dessa área.

No Brasil, a ABA tem se difundido bastante devido à demanda por profissionais da iniciativa privada que cuidam de pessoas dentro do espectro autista. Logo, o mercado de trabalho está bem aquecido, o que torna a especialização na área uma interessante escolha.

A pós-graduação na Análise do Comportamento Aplicada dura cerca de um ano e meio, com aulas apenas em um final de semana do mês, facilitando assim a vida de quem trabalha e tem a rotina corrida. Durante o curso, os alunos têm contato com disciplinas como:

  • comportamento verbal;
  • comportamento em grupo;
  • habilidades básicas, estratégias de avaliação e intervenção;
  • análise comportamental aplicada no contexto escolar;
  • análise do comportamento aplicada ao Transtorno do Espectro Autista;
  • motivação em análise do comportamento.

Na busca pela pós ideal, é importante analisar a grade curricular do curso de Análise do Comportamento Aplicada e outras questões que envolvem a instituição de ensino, como a infraestrutura, o corpo docente e o reconhecimento tanto da faculdade quanto do curso pelo MEC.

Na Faculdade Inspirar, todos esses critérios são devidamente aplicados, pois a instituição preza pelo ensino de qualidade e se coloca como uma parceira do estudante, contando com cursos de graduação e pós em diversas áreas, inclusive na Análise do Comportamento Aplicada. Ao escolher a Faculdade Inspirar, você não corre o risco de fazer uma decisão que pode prejudicar o sucesso profissional e ainda garante o seu destaque no mercado de trabalho.

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Diogo Dias

Diogo Dias

Jornalista com mais de 10 anos de experiência na área da comunicação.
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