Cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com Covid apresentaram problemas neurológicos. O espectro de síndromes neurológicas associadas à Covid-19 inclui:
· Acidente vascular cerebral (AVC);
· Acroparestesia (sensação de formigamento);
· Aneurisma;
· Anosmia (perda de olfato);
· Encefálico (AVE);
· Encefalite (inflamação no cérebro);
· Síndrome de Guillain-Barré e diversas outras doenças associadas.
O impacto do vírus no sistema nervoso pode ser muito maior e mais devastador do que o impacto nos pulmões.
Relatos de sintomas comuns e inespecíficos como dores de cabeça, tonturas ou consciência prejudicada, muitas vezes passam despercebidos, e podem ser indicativos de alterações.
De acordo com estudos, é possível observar ocorrências de sintomas neurológicos em até 37% dos casos de infecção leve, e cerca de 66% nos casos graves. Esse indicativo mostra a urgência de acompanhar essa evolução e buscar a prevenção de danos irreversíveis.
Além disso, dados apontam a existência de manifestações neurológicas de longo prazo em pacientes não hospitalizados, e que tenham apresentado formas leves da doença.
Um levantamento feito pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) aponta que 67% dos pacientes recuperados da COVID-19, sem necessidade de hospitalização, apresentam algum sintoma neurológico dois meses após a recuperação: fadiga crônica (30%), queixa de falta de memória (25%), anosmia (20%), cefaleia persistente (15%), ageusia (10%).
A desatenção a sintomas neurológicos leves e intermediários por parte dos pacientes e equipe médica pode esconder números muito maiores do que os
casos observados e dificultar o tratamento precoce de condições neurológicas associadas, diminuindo as chances de recuperação total ou parcial do paciente.
As pessoas que não foram diagnosticados com a Covid, mas tiveram a doença, podem desenvolver manifestações neurológicas tardias, que possivelmente não serão associadas à doença e podem ter seu processo terapêutico impactado.