Conheça a trajetória de 8 mulheres que mudaram a saúde no mundo

Por muito tempo, as áreas de saúde e ciência foram dominadas pelos homens. Contudo, mesmo num contexto difícil como esse, há mulheres que mudaram a saúde, vencendo obstáculos em diferentes épocas. Sem dúvida, suas contribuições marcam a história da Medicina tanto no Brasil como ao redor do mundo.

Ficou curiosa? No post de hoje, conheça a trajetória de 8 mulheres que mudaram a saúde no mundo. Inspire-se!

1. Adriana Melo

Em 2015, a médica paraibana Adriana Melo, que trabalhava com gestações de alto risco na maternidade pública de Campina Grande (PB), foi a primeira profissional a mostrar a relação entre o vírus da Zika e a microcefalia. Sua desconfiança era de que mulheres contaminadas pelo vírus durante os três primeiros meses gestação acabavam gerando bebês com o distúrbio neurológico.

Assim, ela juntou recursos para enviar amostras do líquido amniótico de grávidas com suspeita da doença para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro. Com a suspeita devidamente confirmada, sua descoberta foi publicada em 2016 um artigo científico na revista The Lancet, uma das revistas médicas mais antigas do mundo.

No ano seguinte, ela inaugurou a sede do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), da qual é líder também em Campina Grande. Seus objetivos são aprofundar a pesquisa sobre as consequências, no longo prazo, da contaminação por Zika durante a gravidez e, especialmente, melhorar o atendimento prestado a essas mulheres, minimizando as sequelas.

2. Florence Nightingale

Durante a Guerra da Crimeia (1853-1856), no sul da Rússia, a italiana Florence Nightingale (1820-1910) foi responsável por reorganizar a forma de se fazer enfermagem nos hospitais militares. Isso porque ela achava que as infecções ocorreriam em razão da sujeira dos locais. Assim, ao chegar num hospital na Turquia, ela pediu o reforço de enfermeiras e de escovas para limpá-lo. A partir daí, a higiene passou a ser considerada indispensável na área, com a criação de um treinamento para que mais profissionais seguissem seus princípios. A primeira Escola de Enfermagem foi fundada por ela em Londres (Inglaterra) no ano de 1859.

3. Françoise Barré-Sinoussi

Nascida em 1947, a virologista francesa Françoise Barré-Sinoussi descobriu, acompanhada por Luc Montagnier, o vírus da imunodeficiência humana (Aids) em 1983, quando ainda não era uma epidemia. Ela publicou na revista Science sua descrição completa. Foi presidente da Sociedade Internacional de Aids (em inglês, International Aids Society –IAS) e segue trabalhando em prol da causa, em especial, em países pobres. Em 2008, o trabalho desenvolvido junto de seu mentor recebeu o Prêmio Nobel de Medicina. Até hoje, a doença já foi responsável pela morte de 35 milhões de indivíduos, segundo dados da Agência de Notícias da Aids.

4. Gerty Cori

Em 1929, numa parceria com Carl Cori, Gerty Cori (1896-1957) descreveu o que é conhecido hoje como Ciclo de Cori. Nascida na República Tcheca, ela se radicou nos Estados Unidos. Seu estudo mostrou que, quando um músculo é exercitado, produz-se ácido lático, que é convertido em glicogênio no fígado. Quando ele se transforma em glicose, é absorvido novamente pelos músculos. Assim, foi possível entender o metabolismo do nosso corpo. Foi ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 1947.

5. Letitia Mumford Geer

No final do século XIX, a norte-americana Letitia Mumford Geer criou o que é conhecido hoje como seringa. O método para aplicação de substâncias por meio de um pistão com apenas uma mão revolucionou o atendimento naquela época e, até hoje, é usado em qualquer unidade de saúde no mundo todos os dias.

6. Marie Curie

Como um dos pioneiros no estudo da radioatividade na Medicina, Marie Curie (1867-1934) estudou, junto com seu marido Pierre Curie, a radioatividade dos raios-X. Com o passar do tempo, a radioatividade passou a ser adotada no tratamento de tumores. Foi a primeira pessoa e a única mulher a ganhar duas vezes o prêmio Nobel.

7. Nise da Silveira

Uma das primeiras médicas do Brasil, Nise da Silveira (1905-1999) lutou por um tratamento humanizado nos manicômios do país. Naquela época, choques elétricos e lobotomia eram considerados soluções para a loucura. No tratamento de pacientes esquizofrênicos graves, ela notou que, por meio das artes, os pacientes eram capazes de comunicar suas emoções de maneira não-verbal. Assim, em 1946, ela criou a Seção de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro, que fica no subúrbio do Rio de Janeiro.

O Museu de Imagens do Inconsciente conta com o acervo dos frequentadores do ateliê de trabalhos manuais e atividades artísticas (música, pintura, modelagem e teatro). Alguns desses artistas acabaram sendo reconhecidos no mundo das artes. Apesar de ser um museu, não está voltado para o passado, já que, diariamente, seus frequentadores criam trabalhos, além de conviverem com animais, visitantes, funcionários e pesquisadores locais. O pioneirismo de suas ações foi responsável por desencadear a Reforma Psiquiátrica no país. Seu legado é importante para o mundo todo.

8. Zilda Arns Neumann

A pediatra e sanitarista brasileira Zilda Arns Neumann (1934-2010) foi a fundadora da Pastoral da Criança no país, ajudando a diminuir o índice de mortalidade infantil (1934-2010). Foi responsável pela divulgação do uso do soro caseiro, que é uma solução de água, açúcar e sal para combater a desidratação e diarreia nas crianças. Em 2010, Zilda foi uma das milhares de vítimas do terremoto que devastou o Haiti.

Se você chegou até aqui, já sabe mais sobre 8 mulheres que mudaram a saúde e, assim, contribuíram para a abertura de oportunidades para as demais. A importância desses ícones da Medicina mostra que há espaço para reconhecimento e valorização das profissionais do sexo feminino.

Para trilhar um caminho de sucesso na área da saúde, a dica é manter a sua motivação e investir em uma especialização no seu campo de atuação. Assim, você investe no seu futuro e se mantém atualizado sobre o seu meio.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre 8 mulheres que mudaram a saúde, aproveite e compartilhe o conteúdo com seus colegas em suas redes sociais! Leve esse conhecimento adiante e até a próxima!

Diogo Dias

Diogo Dias

Jornalista com mais de 10 anos de experiência na área da comunicação.
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