Do câncer a herpes, de queimaduras e hérnias passando por artrites e doenças degenerativas – indicada para mais de 180 patologias
Em sua forma natural, o ozônio tem cor azulada, cheiro forte e é altamente tóxico para qualquer ser vivo.
No entanto, ele é utilizado em tratamentos que baseiam a mistura dos gases oxigênio e ozônio, com objetivo terapêutico, capaz de reduzir custos de tratamentos e até evitar amputações ou cirurgias complicadas.
O ozônio tem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e modulação do estresse, além de melhorar a circulação periférica e oxigenação. E pode tratar patologias inflamatórias, infecciosas e de caráter sanguíneo.
Como é realizada a Ozonioterapia?
A matéria prima da Ozonioterapia é o ozônio – gás constituído por três átomos de oxigênio. Sua produção natural acontece na estratosfera, camada que fica acima da superfície terrestre, após a ação de raios solares ultravioletas sobre as moléculas de oxigênio (O2), separando dois átomos que ao serem associados individualmente a outras moléculas produzem o ozônio.
A terapia surgiu na Alemanha, na Primeira Guerra Mundial. Na época era usada para tratar feridas dos soldados, uma vez que o ozônio é capaz de combater germes e bactérias. Desde então a prática é utilizada em inúmeros países. Atualmente é feita por meio de um equipamento devidamente certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Geralmente é aplicado via injeção, água e óleos ozonizados, os quais são colocados no local que necessita de tratamento. Outras formas são: banho e sauna, bem como a administração endovenosa e/ou intramuscular, insuflação (retal, vaginal e na bexiga) e injeção direta em tumores.
“A ozonioterapia é uma terapia que causa um efeito antioxidante, e a gente sabe que as doenças, o envelhecimento, acontecem pelo efeito oxidante que temos. Eu vejo pacientes que continuam fazendo os tratamentos tradicionais, mas que também tem muitos ganhos e benefícios fazendo esse tratamento complementar. Assim, a ozonioterapia só vem para somar”, diz Diogo Bonifácio – fisioterapeuta que possui vasta experiência com o ozônio medicinal e conselheiro administrativo da Associação Brasileira de Ozonioterapia-ABOZ.
O ozônio ajuda na recuperação de problemas respiratórios, do sistema imunológico, câncer em geral, diabetes e tratamento de feridas. Ele é indicado para diversos males, entre eles:
· Problemas circulatórios;
· Doenças e condições do paciente idoso;
· Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, herpes simples e herpes zoster;
· Feridas com infecções ou inflamações de difícil cicatrização como úlceras, feridas de origem vascular, varizes, úlceras por insuficiência arterial, úlcera diabética, riscos de gangrena;
· Colites e outras inflamações intestinais crônicas;
· Queimaduras;
· Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares;
· Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas;
· Terapia complementar para alguns tipos de câncer.
Entre as contraindicações estão: pessoas que tenham deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), mais conhecida como favismo; gravidez.
É utilizada em mais de 180 de patologias – a prática traz inúmeros benefícios e tem uma aplicabilidade imensa. “Desde que administrada de forma correta, em baixas doses, concentração e volume adequados e feita por um profissional capacitado e competente para a aplicação da técnica, deixando claro que os profissionais da fisioterapia e da odontologia é que estão regulamentados para a aplicação da ozonioterapia”, salienta Diogo Bonifácio.