Periparto – Conheça a técnica que está cada vez mais em alta

Por: Comunicação Inspirar

Há uma discussão cada vez maior, e também campanhas intensas das Organizações de Saúde para o estímulo do parto normal. Num esforço para reduzir o número de cesáreas praticadas no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe novas recomendações sobre padrões de tratamento e cuidados relacionados a mulheres grávidas. O objetivo é reduzir “intervenções médicas desnecessárias”.

De acordo com a OMS, 140 milhões de nascimentos ocorrem no mundo a cada ano. A maioria sem complicações. A entidade alerta que, nos últimos anos, uma “proporção substancial” de grávidas saudáveis foi alvo de pelo menos uma intervenção durante um parto.

Com dados de 2016, a OMS aponta o Brasil como um dos líderes em cesáreas no mundo – 55,6% dos partos no País foram cesáreas, a segunda maior taxa, superada apenas pela da República Dominicana, com 56%. A taxa de cesáreas hoje na Europa é de 25% e nos EUA é de 32,8%.

A Organização Mundial da Saúde também recomenda oferecer a gestante a possibilidade de tomar as decisões, quando ela necessita de intervenção médica, sempre respeitando o consenso com a família, a supervisão do obstetra, e as expectativas pessoais e socioculturais da mãe, incluindo um ambiente clínico seguro para o bebê.

O Periparto

A fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia Pélvica da Inspirar, Cristiane Carboni, diz que as técnicas do periparto podem ajudar em todo esse processo e facilitar o parto normal, assim como ajuda no pré e no pós-parto. Traz exercícios posturais, respiratórios e na região pélvica, a partir do momento que a mulher está se preparando para a gravidez até depois do parto, daí o nome Periparto.

O Periparto compreende as fases nas quais se requerem a intervenção de profissionais da saúde como os fisioterapeutas especializados que complementam o papel do médico e da parteira – a chamada fisioterapia obstétrica. Ajuda em todas as etapas: o pré-parto, o nascimento e o pós-parto.

Na fase do pré-parto introduz-se uma série de exercícios que pretendem normalizar a postura, o emocional da grávida, impedindo fatores de riscos no pós-parto. É a preparação para o encaixe e mobilização da pélvis para facilitar a passagem do bebê na hora do nascimento. “O fisioterapeuta especializado, por seus conhecimentos de biomecânica pelviana, pode ajudar a grávida a manter seu equilíbrio postural, preparando-a também para um trabalho físico-aeróbico, ajudando na analgesia”, diz Cristiane.

Após o nascimento do bebê, usam-se outros exercícios para facilitar a contração do útero. No pós-parto a técnica pode ser usada para a prática regular de exercícios cardiorrespiratórios; normalizar a estabilidade da pélvis; diminuir os riscos de infecções uterinas; favorecer a recuperação do abdômen, entre outras vantagens.

Assim, com a prática da fisioterapia obstétrica é demonstrado que a mortalidade maternal e infantil são menores e os custos com os cuidados da saúde, a médio e a longo prazo, diminuem significativamente.

A unidade da Inspirar de Porto Alegre está com matrículas abertas para a pós-graduação em Fisioterapia Pélvica – Uroginecologia Funcional que trabalha com a  prevenção e tratamento para todas as disfunções pélvicas. Engloba a uroginecologia, gravidez e pós-parto, coloproctologia, sexologia e algias pélvicas, tratando das disfunções pélvicas em todas as fases da vida do homem e da mulher, da infância à velhice. As aulas começam dia 17 de agosto.


 

Diogo Dias

Diogo Dias

Jornalista com mais de 10 anos de experiência na área da comunicação.
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