Dor nas costas, pernas e pés, falta de sensibilidade e formigamento são alguns dos principais sintomas da doença que atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Você sabe qual enfermidade é essa?
Ao longo da carreira, muitos fisioterapeutas lidarão diretamente com o tratamento das hérnias de disco, por isso é importante entender as melhores técnicas e métodos para garantir o atendimento mais adequado aos pacientes.
A terapia manual nas hérnias de disco tem se apresentado como uma solução eficaz em muitos casos, mas requer o conhecimento necessário sobre sua aplicabilidade. Já conhece os detalhes sobre esse método?
Reunimos neste artigo informações relevantes a respeito do assunto, como as causas e sintomas da doença, além das melhores formas de diagnóstico, como é feito o tratamento por meio da terapia manual e muito mais. Confira!
O que é a hérnia de disco?
Para entender o que é a hérnia de disco é preciso, em primeiro lugar, conhecer a estrutura da coluna vertebral. Ela é composta por vértebras que abrigam em seu interior a medula espinhal ou nervosa. Com o objetivo de evitar o atrito entre elas e amortecer o impacto, existem entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, os discos intervertebrais.
O problema é que, com o tempo e o uso repetitivo, esses discos — feitos de um tecido cartilaginoso e elástico, em forma de anel — desgastam-se e podem sair da posição normal, comprimindo as raízes nervosas da coluna e causando a formação de hérnia de disco.
Quando isso acontece, um processo inflamatório agudo pode ser iniciado, gerando dor no nervo ciático. A hérnia de disco é mais comum entre pessoas de 30 a 50 anos, mas isso não quer dizer que crianças, jovens e idosos não poderão ser acometidos por ela.
Quais são as causas e os sintomas?
Além do desgaste natural causado pelo envelhecimento, o principal fator é o genético. De acordo com dados do Hospital Sírio-Libanês, sedentarismo, tabagismo, carregar cargas pesadas sem preparo físico e o excesso de peso corporal também podem ser desencadeadores ou aceleradores da doença. Os principais sintomas são:
- dores na parte inferior das costas, pernas, pés, podendo alcançar até o pescoço, o que geralmente é um indício de que toda a região cervical foi afetada;
- perda de sensibilidade ou sensação de formigamento.
Eles podem se manifestar durante pouco tempo ou por longas crises e vão depender da região que foi comprimida.
Como é feito o seu diagnóstico?
De acordo com Jemerson Oliveira, fisioterapeuta especialista em Quiropraxia e Esportiva, durante a consulta fisioterapêutica é preciso relacionar os sintomas aos movimentos e posições da coluna lombar. Nesse momento, é importante prestar atenção nas palavras que o paciente usa para descrever a dor e o comportamento dela para fazer o diagnóstico.
“Quando a dor irradia para os membros inferiores, há pelo menos 80% de chance da causa ser hérnia de disco lombar. Quando falamos em exames, a Ressonância Magnética deve ser solicitada somente em casos de alterações neurológicas importantes, como perdas sensitivas e motoras que não respondem ao tratamento conservador”, explicou.
As pessoas que não apresentam esses sintomas devem realizar apenas o Raio-X, porque ele fornecerá informações que a inspeção e palpação manual não são capazes de detectar.
Quando a Terapia Manual nas hérnias de disco é indicada?
Você provavelmente já ouviu falar sobre a terapia manual, mas será que conhece a fundo as especificidades dessa técnica? Muitas pessoas se enganam ao pensar que um profissional precisa, necessariamente, ter boas mãos para a prática da terapia manual. O mais importante é saber como tratar. Por isso, inclusive, a formação especializada na área é de fundamental importância.
As abordagens são direcionadas para praticamente todos os tecidos e sistemas do corpo humano, portanto há um conjunto de técnicas para cada um deles. Ela é uma alternativa segura e confortável, além de reduzir o uso de medicamentos e o risco de uma cirurgia. O objetivo da terapia manual nas hérnias de disco vai depender da fase da inflamação em cada paciente.
“A crise de maior dor e incapacidade funcional costuma aparecer na fase aguda e início da subaguda. Nesses momentos, o processo inflamatório produzirá um edema no disco e a compressão da raiz nervosa pelo disco acontece química — pela inflamação — e/ou fisicamente pelo contato do disco ou núcleo deste que se desloca na direção da raiz nervosa” explicou Jemerson.
Na fase aguda, o objetivo é o controle da inflamação. Não se pode atuar tão diretamente para não aumentar o edema, por isso as técnicas mais usadas são:
- tração manual ou mecânica;
- movimento de extensão da coluna lombar — trazer as costas para trás;
- mobilizações articulares grau I ou II extremamente leves para analgesia;
- retorno venoso e linfático;
- liberações de tecidos moles próximos;
- relaxamento muscular e manipulações articulares com thrust em regiões vizinhas, como a coluna torácica.
Em fase subaguda, existem técnicas para descompressão e reposicionamento do disco, já que ele pode ser reduzido. Isso é muito importante, pois, a partir do momento no qual o disco não irritar mais a raiz nervosa, os sintomas começarão a desaparecer.
Por fim, após os sintomas diminuírem, as regiões hipomóveis — como as articulações sacroilíacas —, na maioria absoluta dos casos, devem ser tratadas de modo a evitar que o problema volte. Interessante, certo? Quer saber o que é preciso fazer para aprender essa técnica? Siga a leitura!
Como se especializar nessa área?
A especialização é sempre muito importante para quem deseja atuar dentro de algum nicho específico e pode ser um diferencial e tanto para se posicionar no mercado de trabalho. A Fisioterapia em Terapia Manual e áreas afins como Quiropraxia e Osteopatia são muito procuradas pela sua aplicabilidade clínica imediata em pacientes:
- ortopédicos;
- traumatológicos;
- esportivos;
- neurológicos.
A terapia manual é mais eficaz e poderosa quando comparada aos recursos convencionais. Com a especialização na área, você terá acesso a informações aprofundadas e atualizadas a respeito do tema.
Não se esqueça: na ciência, novas informações, dados e atualização de técnicas surgem o tempo todo, por isso é sempre importante buscar formas de manter-se inteirado. Tudo evolui, inclusive os conceitos de técnicas mais tradicionais.
É fundamental que o curso tenha muitas aulas práticas e professores que prestam atenção aos mínimos detalhes. Esses elementos farão uma grande diferença na vida do profissional e nos resultados dos pacientes.
Além disso, ter aulas lecionadas por docentes de referência no mercado faz toda a diferença na formação do aluno. Na Pós-Graduação da Faculdade Inspirar, por exemplo, os colaboradores são selecionados a dedo e é priorizada a escolha por profissionais com ampla experiência na área de atuação. Outro diferencial é que os cursos são certificados pelo MEC, e o aluno tem acesso às técnicas mais utilizadas.
Por fim, lembre-se de que o mercado está em constante evolução e a pós-graduação em uma área como essa pode fazer toda a diferença na sua carreira. Apesar de não ser sua única aplicabilidade, a terapia manual nas hérnias de disco é um método muito bem-sucedido e indicado para a doença.
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