Ainda temos muito a fazer contra o tumor ocular mais prevalente na infância – e conhecer mais sobre ele é o primeiro passo para superá-lo
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum na infância. Só que, na prática, só cerca de 400 crianças brasileiras sofrem com ele por ano — o que o torna uma doença rara e, portanto, escondida de boa parte da população.
Qual uma das piores consequências disso? O diagnóstico tardio, que diminui drasticamente as chances de cura. “É essencial detectar quanto antes o problema, não só para que seja curado, mas também para preservar o olho e a visão da criança”, retrata Sidnei Epelman, oncologista pediatra e presidente da TUCCA – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer.
Em homenagem ao Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, o Hospital Santa Marcelina (que tem uma parceria com a TUCCA), levantou alguns dados importantes sobre essa doença dentro da instituição. Cada uma das informações oferece um ensinamento importante sobre o inimigo da vez. Confira:
Quase 100% dos pacientes podem ser curados se o retinoblastoma é detectado cedo
O diagnóstico precoce é fundamental. Como dá pra desconfiar dessa encrenca? Um dos principais sintomas é a leucoria, um reflexo branco na pupila que muitas vezes só é notado sob luz artificial ou em fotos.
Ocorre que, em geral, a leucoria surge em situações mais avançadas. Antes dela, a criança pode apresentar sensibilidade à luz, estrabismo e outros desvios oculares. É crucial investigar anormalidades nos olhos.
Além disso, todo bebê deveria passar pelo teste do olhinho após o nascimento. E repeti-lo com frequência até os 5 anos, faixa etária mais atingida pelo retinoblastoma.
Infelizmente, metade dos pequenos que chega ao Hospital Santa Marcelina com essa enfermidade já está em estágio avançado