Áreas de atuação da Ergonomia

Desde seu início, a ergonomia tem presença marcante em variados campos de atuação, pois trata-se de uma disciplina científica que estuda a relação entre o ser humano e seu ambiente de trabalho, visando melhorar a saúde, o conforto e a segurança do trabalhador.

Logo, a ergonomia é uma presença constante independente do ramo de atividade da empresa. Os profissionais especialistas na área têm um papel fundamental em diversos setores – desde o projeto de produtos até a gestão de saúde e segurança no trabalho.

O ergonomista pode trabalhar como funcionário contratado ou como prestador de serviço. Veja abaixo as principais áreas de atuação da ergonomia:

Criação de produtos ergonômicos

Uma das principais possibilidades de atuação para os profissionais especializados em ergonomia é no desenvolvimento de produtos e equipamentos ergonômicos. Nessa área, o trabalho é realizado em conjunto com engenheiros e designers para desenvolver produtos que sejam confortáveis, seguros e eficientes para o usuário.

Os ergonomistas podem criar uma variedade de dispositivos, desde mobiliário ergonômico, equipamentos de proteção individual, ferramentas e máquinas adaptadas às necessidades dos trabalhadores, até interfaces homem-máquina e sistemas de informação que facilitam a interação e comunicação entre as pessoas e as tecnologias.

“O uso de tecnologias como exoesqueletos, manipuladores de carga automáticos, termografia, entre outros, vêm sendo empregados em prol da ergonomia. É possível estabelecer ganhos gigantescos com essas ações”, ressalta o engenheiro de produção, especialista em ergonomia Rodrigo Cirino de Souza.

Ergonomia organizacional

Outra possível área de exercício profissional se refere a avaliação e melhoria de ambientes de trabalho. “Este é o principal papel do ergonomista, por meio da avaliação ergonômica preliminar já é possível inventariar os principais riscos ergonômicos que podem afetar a saúde dos trabalhadores”, evidência o ergonomista.

E por meio da identificação dos riscos ergonômicos presentes em cada ambiente, o profissional propõe soluções para melhorar as condições de trabalho, tais como ajustes na iluminação, temperatura, ruído e organização do ambiente.

Os ergonomistas também têm a responsabilidade de reconhecer outros riscos, que não estão diretamente relacionados à ergonomia, entre eles se destacam perigos físicos, químicos e biológicos. Desta forma, é possível diminuir o número de acidentes de trabalho.

Gestão de saúde e segurança do trabalho

Os profissionais especializados em ergonomia têm a oportunidade de atuar na gestão de saúde e segurança no trabalho. Nessa função eles ajudam as empresas a elaborar programas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Essa atuação consiste na oferta de treinamentos e orientações aos trabalhadores e gestores, para garantir um ambiente de trabalho mais saudável e seguro para todos. “Há programas de formação que vão desde treinamentos básicos para o chão de fábrica, que passam conceitos de ergonomia úteis à compreensão do trabalho até a formação de Comitês Técnicos e de Gestão que preparam engenheiros, técnicos e gestores para realizar avaliações preliminares e melhorias em seus setores”, afirma Rodrigo.

Ergonomia voltada a pesquisas

Por fim, os ergonomistas também possuem a condição de trabalhar com pesquisas, desenvolvimento de novas técnicas e métodos de avaliação ergonômica.

A ergonomia direcionada para pesquisa envolve a análise dos diversos aspectos, tais como o uso de equipamentos e a idealização de instrumentos que auxiliem a realização de tarefas específicas.

No setor da pesquisa a ergonomia é fundamental para garantir avanços científicos na área, contribuindo para a melhoria contínua das condições de trabalho em todo o mundo.

Mercado de trabalho em crescimento

As oportunidades de atuação para profissionais especializados em ergonomia são amplas e estão em constante crescimento. “Atualmente as empresas têm sido “forçadas” a olhar para a ergonomia e tem evoluído o tema para questões mais complexas, saindo do simples “cumprir a lei” para ações que visam resolver, de fato, os problemas”, finaliza o ergonomista.

Em síntese, o mercado vive um bom momento e com a crescente preocupação em relação à saúde e a segurança dos trabalhadores, é provável que a demanda por profissionais nessa área continue a aumentar nos próximos anos.

Vale ressaltar que é muito importante que as empresas e instituições incorporem as diretrizes da ergonomia em suas práticas, para garantir que os profissionais possam trabalhar de forma produtiva e saudável.

 

 

 

G. Luca R. Niotti

G. Luca R. Niotti

Gestor de Comunicação do Grupo Inspirar.
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