O que fazer em meio à pandemia?
A pandemia do COVID-19, em meio a tanta informação e notícias, muitas falsas, causou uma verdadeira corrida aos mercados. Pessoas estocando comida, correndo atrás de álcool gel e máscaras – um verdadeiro caos em alguns lugares do país.
A professora da Faculdade Inspirar, Camila Faiçal, relações públicas e mestre em desenvolvimento econômico, diz que tudo isso gera um impacto negativo. “O aumento repentino na demanda de produtos pela população, não acompanhada de uma elevação da oferta pelos produtores, pode ocasionar um aumento de preços e no rápido esvaziamento das gôndolas. Isso pode fazer com que produtos essenciais deixem de estar disponíveis para toda a população”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como o Ministério da Saúde do Brasil, alertam a população a não entrar em pânico e evitar a geração de estoques, pois os produtos básicos continuarão em produção. “Até mesmo em locais de grande ocorrência do vírus, como na China e na Itália, não há registros de falta de alimentos. O que deverá ocorrer, caso a situação se agrave no Brasil, é um reordenamento de processos e da rotina de compras e entrega de alimentos”, explica a professora.
Como podemos ajudar o outro?
“Seguir as orientações das autoridades de saúde é sempre a melhor maneira de ajudar o próximo. Também é fundamental propagar informações de maneira coerente e serena. O momento também pede solidariedade, em especial com os idosos. Precisamos evitar com que eles se exponham a riscos desnecessários no ambiente comum. Quanto mais eles ficarem em casa, melhor. Para isso, simples ações ajudam. Vi um caso muito legal, onde um vizinho se ofereceu para ir até o mercado para seu vizinho idoso. Juntos, sairemos mais fortes desta crise”, salienta Camila.
Como fazem os pequenos empresários?
O momento pede adaptação e resiliência. Os pequenos empresários, os autônomos, devem focar em novas formas de atendimento ao público. Os serviços de delivery estarão em alta e o pequeno empresário poderá se adaptar a esta nova realidade. Novos produtos e serviços, que possam ajudar a combater o vírus, também poderão ser alternativas de mercado. É hora de usar a criatividade com austeridade. A crise vai passar. Mas até lá, o empresário precisa estar conectado com as demandas do mercado e manter, acima de tudo, o otimismo”, conclui a professora da Faculdade Inspirar.