Coffito autoriza o uso da Toxina Botulínica por fisioterapeutas Dermatofuncionais e Neurofuncionais

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) emitiu, no dia 11 de maio, o acórdão nº 609, que autoriza os fisioterapeutas a utilizarem a toxina botulínica em suas práticas clínicas. Essa decisão representa um marco significativo para a profissão, ampliando as possibilidades de atuação dos fisioterapeutas e oferecendo benefícios aos pacientes.

Implicações na prática profissional

A decisão do Coffito traz diversas implicações positivas para a prática profissional. Essa autorização amplia o escopo de atuação dos fisioterapeutas, permitindo oferecer um tratamento mais abrangente e efetivo para os pacientes. A toxina botulínica pode ser aplicada em disfunções musculares, espasticidade, distonias, paralisia cerebral e em condições dermatológicas, como rugas e hiperidrose.

A autorização do uso da toxina botulínica amplia o papel dos fisioterapeutas como membros da equipe multidisciplinar de saúde, contribuindo para uma abordagem mais integrada e abrangente no cuidado dos pacientes. Os fisioterapeutas agora podem desempenhar um papel mais ativo na reabilitação neuromuscular e estética, trabalhando em conjunto com médicos e outros profissionais de saúde para alcançar os melhores resultados para os pacientes.

É importante ressaltar que a utilização requer formação específica e capacitação adequada. O acórdão do Coffito estabelece critérios e diretrizes para o uso responsável e seguro da substância, garantindo que os fisioterapeutas estejam devidamente qualificados.

O acórdão nº 609 é um avanço significativo na prática profissional. A Fisioterapia Dermatofuncional e Neurofuncional são áreas que englobam intervenções terapêuticas voltadas para a reabilitação e melhoria da função dermatológica e neuromuscular.

Uso da Toxina Botulínica na Fisioterapia Dermatofuncional

A toxina botulínica é amplamente utilizada na Fisioterapia Dermatofuncional para o tratamento de rugas faciais, linhas de expressão e outras condições estéticas. “Essa substância induz a paralisação temporária da musculatura, aliviando significativamente as rugas e linhas de expressão, promovendo rejuvenescimento”, ressalta a Fisioterapeuta Dermatofuncional, Dra. Tatiana Bertacin.

Dessa forma, a toxina botulínica é capaz de suavizar as rugas e promover um aspecto rejuvenescido à pele. A aplicação é realizada de forma precisa e individualizada, levando em consideração as características e necessidades de cada paciente.

A habilitação do Coffito foi muito bem recebida pelos fisioterapeutas. “Essa é mais uma conquista, estamos caminhando na direção correta, considerando que outros profissionais da área da saúde já trabalham com o botox. É uma forma de valorizar e agregar mais qualidade aos procedimentos realizados pelos profissionais de Fisioterapia Dermatofuncional, que atuam há muito tempo”, conclui Tatiana.

Embora seja mais conhecida por seu uso na estética, a toxina botulínica também desempenha um papel importante na reabilitação dermatofuncional. Esse efeito pode ser aproveitado na fisioterapia para tratar diversas condições, como espasmos musculares, dor crônica, contraturas e hipertonicidade muscular.

É fundamental ressaltar que o uso da toxina botulínica na Fisioterapia Dermatofuncional deve ser realizado por profissionais devidamente capacitados e especializados nessa técnica. O fisioterapeuta Dermatofuncional precisa realizar uma avaliação cuidadosa do paciente, identificando suas necessidades individuais e determinando as áreas a serem tratadas com a toxina.

Uso da Toxina Botulínica na Fisioterapia Neurofuncional

Na Fisioterapia Neurofuncional, a toxina botulínica é uma ferramenta complementar no tratamento de diversas condições neurológicas. Por exemplo, em pacientes com paralisia cerebral, a aplicação da toxina em músculos específicos pode ajudar a reduzir a espasticidade muscular, melhorando a amplitude de movimento e a funcionalidade. “O botox bloqueia a Acetilcolina, neurotransmissor responsável pela contração muscular”, declara a Fisioterapeuta Neurofuncional, Dra. Luize Bueno.

A toxina botulínica também pode ser utilizada no tratamento de distonias – transtornos neurológicos caracterizados por contrações musculares involuntárias e sustentadas. A aplicação em músculos afetados pela distonia ajuda a diminuir a intensidade das contrações, aliviando os sintomas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Além da espasticidade e distonia, a toxina botulínica também pode ser utilizada no tratamento de outras condições neurológicas, como tremores e rigidez muscular. “Essa pode ser mais uma ferramenta dentro do planejamento terapêutico para promover a independência funcional dos pacientes”, diz Luize.

É importante ressaltar que a utilização da toxina botulínica na Fisioterapia Neurofuncional deve ser realizada por profissionais qualificados e experientes. “Para realizar a aplicação, o fisioterapeuta precisa realizar uma avaliação da atividade funcional específica, analisando e determinando quais músculos receberão a toxina”, reitera.

A toxina botulínica desempenha um papel importante na Fisioterapia Neurofuncional, auxiliando no tratamento de diversas doenças. Sua capacidade de relaxar seletivamente os músculos afetados proporciona melhorias significativas na função neuromuscular e na qualidade de vida dos pacientes. “A aprovação do Coffito é uma grande oportunidade para os fisioterapeutas, oferecendo mais possibilidades de atuação e otimização das intervenções”, finaliza Luize.

O uso da toxina botulínica na Fisioterapia Dermatofuncional e Neurofuncional tem se mostrado uma abordagem eficaz e segura no tratamento de uma variedade de condições estéticas e neurológicas. Seja para melhorar a aparência facial, suavizando rugas e linhas de expressão, ou para promover a reabilitação neuromuscular em pacientes com distúrbios neurofuncionais.

G. Luca R. Niotti

G. Luca R. Niotti

Gestor de Comunicação do Grupo Inspirar.
Veja Mais