Musicalização no Ambiente Hospitalar

É fato de que a música causa reações nas pessoas. Mas como isso impacta na ciência? Um estudo publicado na revista eletrônica Acervo Saúde quis verificar os efeitos da música clássica em uma Unidade de Terapia Intensiva e Enfermaria de Pediatria. 

No estudo, quatro crianças com menos de 36 meses foram expostas a 40 minutos diários de música clássica, respeitando a altura do som, cinco vezes na semana. Fizeram um formulário para registrar frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação, temperatura e escala de dor. 

O resultado foi que houve redução nos valores hemodinâmicos com p-valor menor que 0,01. A dor com p-valor menor que 0,001. A eletromiografia verificou redução dos impulsos elétricos influenciando na taxa do disparo para as fibras musculares com relaxamento muscular.

No fim, chegaram à conclusão de que a música estimula diferentes áreas cerebrais e pode sim ser utilizada e combinada com segmentos terapêuticos. A música consegue humanizar o ambiente hospitalar, auxiliando os sentimentos positivos, além de trazer benefícios fisiológicos, principalmente com sinais vitais. 

Mesmo sendo utilizada como terapia desde os tempos antigos, e trazer inúmeros benefícios para a saúde e bem-estar do indivíduo, ainda é pouco procurada na prática. A música pode estimular diferentes áreas do cérebro e pode ser incluída como tratamento, auxiliando em segmentos terapêuticos.

Alguns hospitais em Curitiba utilizaram da terapia, como o Hospital Pequeno Príncipe que postou em 2016 sua parceria com a FAP, com o objetivo de promover o acesso à cultura e envolver os pacientes hospitalizados. As oficinas aconteceram até o final do mesmo ano.

 

Diogo Dias

Diogo Dias

Jornalista com mais de 10 anos de experiência na área da comunicação.
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